Colares de Algodão ou Couro e Pérolas do Tahiti

As pérolas do Tahiti são selecionadas seguindo uma classificação oficial, que leva em consideração sua forma, seu tamanho e também o número e a disposição das imperfeições de superfície. Aplicam-se igualmente critérios mais sutis como o brilho e a luminosidade.
 

O critério de qualidade da superfície é avaliado de acordo com a combinação de duas características físicas: o estado da superfície e o brilho. A qualidade é avaliada a olho nu.

  - O estado da superfície se caracteriza por várias imperfeições, como: furos, arranhões, estrias, trincados, sulcos, depressões, ocos, depósitos orgânicos, amassados, inchaços, excrescências ou manchas leitosas de despigmentação.

  - A luminosidade ou lustro corresponde ao reflexo, mais ou menos perfeito, da luz sobre a superfície da pérola. Ela depende da regularidade, da espessura e da disposição das camadas perolíferas.

Um belíssimo lustro corresponde a um reflexo total da luz, produzindo um efeito de espelho. Uma pérola sem lustro terá um aspecto opaco.

Este critério é bastante importante, porque ele é o único subjetivo, ou que causa discussão. Os outros critérios, como o tamanho ou a quantidade de defeitos, podem ser aplicados de forma bem precisa.

Além do mais, uma pérola sem nenhum defeito na sua superfície, mas sem nenhum brilho, será uma pérola de tipo C ou D.

Para assegurar-se a respeito da luminosidade da pérola que você deseja adquirir, verifique sempre se você pode se ver na pérola e que essa imagem é bem límpida. Numa loja, coloque várias pérolas, uma ao lado da outra, e compare.

Para que você possa apreciar a qualidade do brilho das pérolas que eu coloco à venda on-line, todas as minhas fotos são tiradas ao exterior e com luz natural.


- A codificação da qualidade da superfície das pérolas de cultura do Tahiti se apresenta assim:
 

Como cada pérola é única, o trabalho do joalheiro será o de disfarçar os defeitos. Para isso, ele podre recobri-las com a montagem (A) e colocá-las sobre a face oculta da pérola, quando ela está sendo levada (B & C). Então, só se irá ver os defeitos na frente das pérolas se elas forem de categoria D.

 

Além de sua cor, é o tamanho que faz a diferença entre as pérolas do Tahiti e as pérolas brancas asiáticas.

Mede-se o tamanho pelo diâmetro, e para as Semi-Barrocas, no sentido da largura.

As menores têm 7.5mm de diâmetro.

A média de tamanho se situa entre 11.5mm.

As de mais de 12mm são mais raras, e representam uma parte ínfima da colheita.

As pérolas de mais de 14mm são excepcionais, e as de qualidade superior vão ser bastante procuradas.

 

A denominação comercial é equivocada, porque as Pérolas negras do Tahiti estão longe de serem totalmente negras, e mais parece que elas devem seu nome à ostra perolífera utilizada: Pinctada Margaritifera de lábio negro.

Ao contrário, a palheta de cores das pérolas do Tahiti vai do branco mais puro ao negro mais profundo, passando por todos os tons de cinza, o verde-pavão, o lilás, o azul, o bronze e até mesmo o arco-íris.

Essas cores são naturais, e variam de acordo com a origem do enxerto introduzido no mesmo momento que o núcleo, mas também conforme a criação ou a laguna.
A cor não é um critério de qualidade, e cada um pode escolhê-la em função do seu gosto.

Para dar-lhe uma informação da forma mais confiável possível, eu utilizo a tábua de nuances para determinar a cor de cada pérola de maneira precisa. A letra (c, r ou e) após a cor indica a sua raridade: c = clássica, r = rara, e = excepcional.

Nota-se que as pérolas de cores mais "flashy" têm geralmente mais defeitos. Isso por causa do fato que essas cores são obtidas com as extremidades dos enxertos. Ou seja, onde eles são mais finos e frágeis e onde o enxertador teria mais dificuldade de preparar um enxerto regular.